Como todo apaixonado por carros, esperei ansiosamente a chegada dos meus 18 anos para poder ter a oportunidade de dirigir.
No dia seguinte do meu aniversário, lá já estava eu na auto-escola dando a entrada no processo da minha habilitação. Este processo durou cerca de 2 meses e meio (época boa que não tinha esse simulador!), e depois de anos e anos de espera eu estava oficialmente habilitado.
Logo após ter tirado a habilitação, arrumei emprego na extinta Controlar S/A (empresa que realizava a inspeção veicular ambiental nos veículos emplacados na cidade de São Paulo). Durante esse período, utilizava a Ford Pampa de meu pai para dar uns rolês, e guardava ferrenhamente meu dinheiro com o objetivo de comprar meu próprio carro.
Em 6 meses de serviço, juntei R$7 mil e vi que esta era a hora de começar a procurar um carro. De início, as buscas se resumiram em Opalas e Caravans. Porém, todos os que fui ver estavam muito abaixo do que pretendia, e demandariam tempo e dinheiro que eu não estava disposto a gastar naquele momento. Comecei a ampliar meu leque de opções. Meus pais relutavam com a ideia de eu comprar um Chevette, já que o que tivemos por anos e anos foi roubado. Nessa época, confesso que tinha um certo preconceito com os Volkswagens a ar, e naquele momento não me imaginava comprando Fiat 147, Del Rey, Escort, etc.
Dessa forma, as buscas começaram a se concentrar nos Volkswagens quadrados (motores refrigerados a água), apesar de por pouco uma Alfa Romeo 2300 1979, quase não ter entrado em minha vida.
Cheguei a ver alguns Passats e trocar mensagens com um rapaz que estava vendendo uma Quantum GLS 1988. Porém em uma despretensiosa busca no Mercado Livre, me deparo com o anúncio desta Parati: ano 1985, modelo S, bem íntegra e alinhada... Peguei o telefone do anunciante e marquei de ir ver o carro. Chegando ao local combinado, tive a certeza que este era o carro certo para eu comprar, já que as fotos realmente não maquiaram nada do carro, e ele ainda diversos detalhes muito interessantes: selado frente e traseira, nunca tinha tido som, tudo funcionando em perfeito estado.
Diferente da inflação que estes veículos vem sofrendo, acabei pagando na Parati até um pouco menos do que havia juntado, o que me deixou mais feliz ainda.
Sendo assim no dia 16 de outubro de 2013, começa a minha história de amor (e de ódio também) com este simpático VW.
Este é apenas o primeiro capítulo. Ao longo dos próximos irei contando os upgrades que ocorreram durante o tempo que estou com ela e as dificuldades de se ter um carro antigo como daily driver nos dias de hoje.
Abraços!
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| Primeiro dia com ela! |
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| 3E Club: clube o qual fazia parte na época |








Olá Mateus, parece ser Cinza Londrino, correto? Qual motor esta nela? eu tenho um LS 86 muito bonita também! Sabia que elas não tinham tampão no portamalas? Abraço!
ResponderExcluirBoa noite, Camilo! Cinza Londrino mesmo, acertou na mosca. Ela usa motor AP 1.6 com câmbio de 4 marchas. Sobre o tampão sabia sim... por baixo do meu tampão tem o adesivo da empresa que fabricava o mesmo (telefone ainda com 3 dígitos no prefixo rs). Mande fotos da sua Parati! Abraços
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